Sem esquecer rival, Tricolor exibe filme sobre os seis títulos brasileiros

Seis anos de glórias em 90 minutos. O São Paulo lançou, nesta segunda-feira, o filme "Soberano", que conta a história dos títulos brasileiros do clube. Em uma sessão especial para a imprensa, foi possível ver as conquistas de 78, 86, 91, 2006, 2007 e 2008 retratadas não só por personagens ativos em cada busca pela taça, mas também por torcedores que vivenciaram aqueles momentos e tiveram interferência das decisões em suas vidas. A exibição contou com as presenças de Raí, herói de 91, e do cantor Nando Reis, que compôs duas músicas para o filme.

- Nós são-paulinos, que temos menos de 100 anos, temos muito o que comemorar, temos seis títulos brasileiros e isso é soberano sim. O filme é um presente para a torcida que mais cresce no Brasil. Ser soberano é estatístico: é o maior campeão brasileiro, o maior do país da Libertadores, e isso não é provocação, é constatado mesmo. Queremos que cada sala de cinema seja um Morumbi cheio e com vocação de ser campeão - ressaltou Julio Casares, vice de marketing do Tricolor, lembrando do rival Corinthians, que comemora seu centenário neste ano.

O Timão, aliás, é citado no filme através de uma cena curiosa: na final de 86, contra o Guarani, um torcedor alcoolizado aparece preso, dizendo que não estava chateado de perder o jogo porque era corintiano.

- Era uma imagem no meio da matéria e respeitamos a íntegra (risos) - explicou Maurício Arruda, que assina roteiro e direção ao lado de Carlos Nader.



A estreia nos cinemas brasileiros está marcada para o dia 17 de setembro, mas uma premiére para personalidades do futebol e convidados será realizada na noite desta segunda-feira, na capital paulista. Após a exibição em grande circuito, o filme, que levou dois anos para ficar pronto, será lançado em DVD três meses depois com direito a extras e making of. E qual a diferença do "Soberano" para os outros filmes sobre clubes de futebol? Arruda diz que foi conseguir captar o drama dentro de um time tão vitorioso.

- As qualidades do São Paulo foram nossa maior dificuldade. O filme do Corinthians, por exemplo. É um roteiro com um protagonista que sofre um revés (rebaixamento) e se recupera. É um roteiro pronto, de sofrimento ou comédia, depende do ponto de vista. Para nós o mais difícil é que o São Paulo ganhava seis vezes. Precisamos achar pontos dramáticos dentro dessa história - relatou Arruda.

Raí: Ceni é mais importante na história do clube

Cada título tem um personagem de destaque. Em 78, Waldir Perez conta como foi ganhar nos pênaltis do Atlético-MG no Mineirão. Em 86, Careca relata o sofrimento para levar a taça nos segundos finais com um gol iluminado. Em 91, Raí era o líder de um título que coroou o técnico Telê Santana, lembrado até hoje pela torcida tricolor nos estádios. Nos três últimos campeonatos, Muricy Ramalho e Rogério Ceni são os ícones. O goleiro, que recentemente completou 20 anos de clube, recebeu muitos elogios de Raí, que inclusive se considera menos importante do que o camisa 1 na história do São Paulo.

- Acho que pode haver uma comparação entre nós pelo aspecto da liderança, mas no geral o Rogério é mais importante na história do São Paulo como ídolo e, mais do que isso, como herói. Ele é aquela referência tanto nos momentos de decisão como nos que impedia catástrofes - destacou Raí.

O embaixador do São Paulo também elogiou o filme e mostrou que a relação com o Tricolor não se encerrou quando pendurou as chuteiras.

- Não digo que dá saudade de jogar porque só de pensar nisso o joelho dói (risos). Mas o filme me leva a três fases importantes na minha vida. Os primeiros títulos representam minha época ainda em Ribeirão Preto. O de 91 teve a minha participação ativa e acabou com o meu sofrimento por não ter sido campeão nas finais anteriores (89 e 90). E os últimos me marcam como torcedor - acrescentou Raí.

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Fonte: GloboEsporte.com

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