Olha o Tricolor chegando... Com show de Dagoberto e Ricardo Oliveira, São Paulo vence e cola no G-4

O São Paulo segue em busca da difícil vaga na Taça Libertadores da América de 2011. Na noite desta quinta-feira, atuando em Barueri, o time levou a melhor no chamado "jogo de seis pontos", derrotou o Atlético-PR por 2 a 1, ganhou duas posições, e ficou muito perto do G-4 do Campeonato Brasileiro. O Tricolor foi aos 47 pontos, um a menos que o Botafogo, que hoje seria o quarto representante no torneio sul-americano de 2011.

Mas o time carioca entrará em campo no sábado, para enfrentar o Atlético-MG, em Sete Lagoas. Já o rival paranaense, que tem o mesmo número de pontos, foi ultrapassado na tabela de classificação por ter saldo de gols inferior ao time do Morumbi, que também deixou o Grêmio para trás, já que os gaúchos perderam para o Fluminense por 2 a 0, no Engenhão, no Rio de Janeiro.


Tricolor entrou em campo com camisa comemorativa inspirada na década de 40. O modelo, que é branca com listras pretas e golas vermelhas, era o terceiro uniforme do Tricolor Paulista em 1940 e foi utilizado em dois clássicos, ambos com vitórias: 4 a 1 na Portuguesa e 3 a 2 no Corinthians. No jogo desta quinta, o goleiro Rogério Ceni atuou os 90 minutos com a camisa.

Os dois times voltarão a campo na próxima semana. Na quarta-feira, o São Paulo vai até Uberlândia para enfrentar o Cruzeiro. No dia seguinte, o Furacão receberá a visita do Palmeiras na Arena da Baixada, em Curitiba.

No São Paulo, Paulo César Carpegiani entrou com Fernandão na vaga do suspenso Lucas. Fernandinho, que foi vetado pelo departamento médico, cedeu lugar ao volante Casemiro, que entrou para aumentar o poder de marcação da equipe, que havia tomado sete gols nas últimas três partidas.

No Atlético-PR, o técnico Sérgio Soares, que já tinha cinco desfalques (Wagner Diniz, Ivo Gonzalez, Paulo Bater, Maikon Leite e Elder Granja), perdeu mais duas peças, vetadas após teste no vestiário: o zagueiro Rodolpho e o meia Branquinho. Com isso, o treinador resolveu fechar o meio-campo com a entrada do veterano Claiton ao lado de Chico e Vítor. Na lateral-direita, a solução foi improvisar o volante Deivid.

Para analisar os primeiros 45 minutos, é preciso dividir a partida em duas partes. Na primeira, do início aos 26 minutos, só deu São Paulo em campo. O Tricolor, mesmo perdendo velocidade com as ausências de Lucas e Fernandinho, ganhou em presença em campo. Carpegiani adiantou a marcação do meio-campo e o time pressionou muito a saída de bola do Furacão que, desfalcado, entrou recuado em campo, usando apenas a velocidade do equatoriano Guerrón para tentar surpreender nos contra-ataques.

Aos três minutos, o Furacão chegou a abrir o marcador, com Bruno Mineiro, mas o gol foi acertadamente anulado, já que o camisa nove paranaense estava impedido. No mais, o Tricolor dominou. E não precisou mais do que 12 minutos para abrir o marcador. Casemiro roubou uma bola no meio-campo, tocou para Carlinhos Paraíba, que tocou para Ricardo Oliveira, que passou para Dagoberto, recebeu na frente, deu um drible da vaca em Deivid, e, de pé esquerdo, mandou no ângulo de Neto, que nada pode fazer: 1 a 0.

Ricardo Olivera comemora após marcar um golaço na Arena Barueri

A vantagem expôs ainda mais a superioridade são-paulina em campo. O Tricolor mostrava firmeza na marcação e chegava fácil a intermediária adversária. Aos 23, Ricardo Oliveira obrigou Neto a fazer uma boa defesa. No minuto seguinte, após bela triangulação no meio-campo, Fernandão arriscou e mandou por cima do gol adversário.

Dois minutos depois, teve início a segunda parte da primeira etapa com o gol do Atlético-PR. Casemiro foi recuar uma bola do meio-campo para a defesa e tocou errado para Miranda. Guerrón foi mais esperto que o defensor são-paulino, deu um drible da vaca no rival, invadiu a área e bateu cruzado, sem chances de defesa para Rogério Ceni: 1 x 1 no marcador, o que, pelo que as duas equipes haviam apresentado até então, podia ser dito que era um placar injusto.

Só que, com a igualdade no marcador, o São Paulo se perdeu momentaneamente na partida. O Atlético-PR mudou seu estilo de marcação e, mesmo mantendo o 4-4-2, trocou o losango que havia (Vítor mais recuado, Claiton e Chico abertos em cada lado e Netinho à frente) pelas tradicionais duas linhas de quatro. Com isso, o Tricolor não teve mais espaços para tocar a bola. Guerrón, com muita velocidade, dava enorme trabalho a Richarlyson pela esquerda. O Furacão, que já havia equilibrado a partida, chegou a assustar novamente aos 31, com Bruno Mineiro.

O São Paulo voltou do intervalo mais ofensivo. Carpegiani sacou Casemiro e colocou Marlos em seu lugar. Com isso, Carlinhos Paraíba foi recuado para a função de volante. O time voltou a ganhar em velocidade e objetividade e, com apenas seis minutos, voltou a ficar em vantagem no marcador. Dagoberto cobrou falta da esquerda e colocou na cabeça de Miranda, que subiu sozinho e desviou para o gol de Neto.

Com a vantagem, o jogo ficou à mercê do São Paulo. Isso porque o Furacão subiu seu meio-campo em busca do empate e deixou o contra-ataque à disposição do Tricolor. Carpegiani abriu Marlos na ponta direita, Dagoberto na esquerda. Pelo meio, Fernandão levava a bola, enquanto Ricardo Oliveira se movimentava para abrir espaços. Eles ainda tinham o reforço de Jean, que em determinados lances virou quase um ponta direita. Aos 11, o gol não saiu por capricho. Marlos avançou livre pela direita e cruzou na medida para Ricardo Oliveira que, dentro da área, bateu de primeira. A bola raspou a trave esquerda de Neto e saiu.

Miranda fez o segundo gols São Paulino na partida, de cabeça
 A partir dos 20 minutos, o São Paulo diminuiu o seu ritmo. No Furacão, Sérgio Soares colocou Edgar na vaga do volante Claiton. Com isso, Deivid deixou a lateral e foi para o meio-campo. E o time paranaense, que até então, não tinha assustado, só não empatou porque Rogério Ceni fez um verdade milagre em chute de Paulinho, que em rápido contra-ataque, surgiu na área, driblou Alex Silva e mandou no ângulo do goleiro são-paulino, que voou e mandou para escanteio.

Apesar dos gritos de Carpegiani no banco de reservas, o time seguiu atuando de maneira recuada. O Atlético-PR cresceu e, mesmo sem ter muita organização, passou a rondar a área adversária com perigo. Percebendo o crescimento de sua equipe, Sérgio Soares partiu para o tudo ou nada fez a segunda alteração, colocando o atacante Marcelo na vaga do volante Deivid. Na sequência, para ganhar força no jogo aéreo, colocou o argentino Nieto, que tem 1,91m, na vaga de Guerrón.

O jogo ficou dramático. O Atlético-PR tomou conta da partida nos últimos 15 minutos. O Sâo Paulo, depois de ficar muito tempo sem atacar, teve a chance de matar a partida aos 35, quando Dagoberto cobrou escanteio da direita, Fernandão ajeitou de cabeça e Ricardo Oliveira, também pelo alto, testou no canto direito de Neto, que fez uma grande defesa. Logo depois, Carpegiani mexeu na equipe, sacando Dagoberto, cansado, e colocando Ilsinho no seu lugar. Nos descontos, Ricardo Oliveira e Ilsinho ainda perderam boas chances, mas o time conseguiu segurar a importante vitória até o fim.

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